A mandioca desempenha um papel importante na alimentação de aves e outros animais, especialmente como alternativa econômica ao milho. Ela é uma planta nativa do Brasil, conhecida por sua rusticidade e facilidade de cultivo, com raízes prontas para colheita em 15 a 18 meses. Existem variedades de mandioca brava e mandioca mansa, sendo a brava tóxica devido ao ácido cianídrico.
A mandioca é rica em amido, mas pobre em proteínas, minerais e vitaminas, sendo necessário suplementá-la com outros alimentos para corrigir essas deficiências. Suas folhas são uma opção valiosa de forragem, especialmente nas variedades bravas, que podem conter até 18% de proteína.
"A mandioca brava é tóxica devido à manihotoxina, que se decompõe em ácido cianídrico, sendo crucial expô-la ao ar livre por alguns dias antes de alimentar os animais para eliminar a toxicidade", explica Maria do Carmo Arenales, professora do Curso CPT Criação Orgânica de Frangos de Corte e Aves de Postura.
Existem diferentes maneiras de fornecer mandioca às aves, incluindo picada fresca, mas sua vida útil é curta devido ao alto teor de água. A produção de raspa de mandioca é uma alternativa viável, obtida por meio da secagem das raízes. Também existe o farelo de raspa de mandioca no mercado.
A mandioca pode ser usada na alimentação das aves como parte da ração ou da dieta, seja em sistema de livre escolha ou alimentação controlada, beneficiando-se de seus subprodutos, como o feno de folhas e a raspa residual.
Em resumo, a mandioca é uma valiosa fonte de alimento para aves, mas deve ser usada com cuidado devido à toxicidade da variedade brava. Sua versatilidade e disponibilidade ao longo do ano a tornam uma alternativa econômica e eficaz na nutrição animal.
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Por Silvana Teixeira.